quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Preocupação com balanços americanos abala mercados

O clima de mau humor reflete o balanço ruim da Apple, que teve o crescimento dos lucros mais lento desde 2003 e o menor aumento nas vendas em 14 trimestres.
Após o Congresso dos Estados Unidos aprovar medidas para a suspensão do teto da dívida até 19 de maio, o que alavancou ganhos nas bolsas mundiais ontem, o dia pode seguir o cenário positivo e gerar ganhos novamente nos mercados.
Mas, nesta manhã, o tom negativo fica por conta de balanços americanos ruins. Neste sentido, o Ibovespa futuro sinaliza abertura em baixa de 0,14%.
Além disso, um tom pessimista na ata do Copom, divulgada nesta quinta-feira (24/1), pelo Banco Central, tende gerar preocupação e cautela. O comitê demonstrou preocupação com a alta de preços, e desenhou um cenário mais pessimista para a atividade econômica brasileira.
Por outro lado, indicadores surpreendentes na China e na Europa contribuem para o bom humor dos investidores.
A atividade industrial da China registrou melhora em seu desempenho em janeiro, passando de 51,5 pontos em dezembro para 51,9 pontos em janeiro. As condições de negócios aceleraram no ritmo mais rápido em dois anos, e o índice se manteve acima da marca de 50 pontos, que divide a expansão da contração.
Essa notícia pode contribuir para as ações das empresas ligadas ao setor de commodities, com Vale, Gerdau e Usiminas.
O setor privado da Alemanha registrou o melhor nível de atividade dos últimos 12 meses, seguindo a tendência de retomada averiguada nos últimos meses de 2012. O índice composto aumentou para 53,6 pontos em janeiro, contra 50,3 pontos no mês anterior, apontando expansão pelo segundo mês seguido.
No entanto, as bolsas seguem em direções opostas. Há pouco, o CAC 40, de Paris, sobe 0,19%, o DAX, da Alemanha, cai 0,07% e o FTSE 100, de Londres, avança 0,33%.
Nos Estados Unidos, os futuros em Wall Street mostram de mau humor, refletindo o balanço ruim da Apple e a notícia de que o Japão teve um déficit comercial recorde em 2012. O lucro da gigante de tecnologia teve o avanço mais lento desde 2003 e o menor aumento nas vendas em 14 trimestres.
Em meio a isso, o futuro do Dow Jones tem leve alta de 0,05%, o S&P perde 0,19% e o Nasdaq, que negocia as ações das empresas de tecnologia, desvaloriza 1,29%.
Entre os indicadores, os novos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos são aguardados com expectativa, além da atividade industrial na região e a prévia do desempenho da economia.

Fonte: Brasil Econômico

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Lançamento na primeira "Bolsa Verde" no Brasil


Será lançada hoje a primeira "bolsa verde" para comercialização de ativos ambientais no mercado futuro. A Bolsa Verde do Rio de Janeiro (BVRio) entrará em operação com cerca de 100 ofertas de títulos de florestas excedentes em propriedades rurais do país.



Leia mais em:
Nova bolsa

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Bolsas chinesas de Hong Kong, Xangai e Shenzen formam joint venture

HONG KONG - As bolsas chinesas de Hong Kong, Xangai e Shenzhen anunciaram hoje uma joint venture para elevar a competitividade em um momento de significativa volatilidade no mercado de capitais.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

IASB e FASB concordaram sobre um padrão para o leasing

O International Accounting Standards Board (IASB) e o Financial Accounting Standards Board (FASB) concordaram hoje em uma abordagem para a contabilização do leasing, como parte de um projeto de revisão do  International Financial Reporting Standards (IFRS) e os EUA Geralmente Aceitos de Contabilidade princípios (GAAP dos EUA).

Leia mais aqui.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Ágio pago pela Claro e Vivo

A Claro e a Vivo arremataram hoje as duas primeiras licenças nacionais da quarta geração da telefonia celular (4G), as mais valorizadas da licitação. Além da cobertura nacional, estas outorgas terão capacidade disponível de 20 MHz.
Com o lance de R$ 844,519 milhões, a Claro arrematou a primeira. Este lance resultou em um ágio de 34% sobre o preço mínimo (R$ 630,191 milhões). A Vivo levou a segunda licença por R$ 1,050 bilhão, o que representou um ágio de 66,6% sobre o preço mínimo (R$ 630,191 milhões).
Oi e TIM arrecadaram as outras duas outorgas, de 10 MHZ, com ágio menor. A Oi irá desembolsar R$ 330,8 milhões (ágio de 5% sobre o mínimo de R$ 315, 10). Já a TIM venceu com lance de R$ 340 milhões (ágio de 7,9% sobre o mesmo preço mínimo)
Como não houve interessados no primeiro lote (Lote 1), envolvendo a faixa de 450 megahertz (MHz), a Claro receberá obrigações de oferecer serviços de telefonia e internet na zona rural em toda a região Norte, nos Estados de Maranhão, Bahia e São Paulo – esse último somente com cobertura em áreas com o DDD 11 e 12.
A Vivo deverá oferecer serviços de telefonia e internet na zona rural em Alagoas, Sergipe, Paraíba, Pernambuco, Ceará Piauí, Minas Gerais e demais áreas do interior de São Paulo.
Caberá à Oi atender com serviços de telefonia e internet na zona rural na região Centro-Oeste e no Estado do Rio Grande do Norte. A TIM terá a obrigação de fornecer serviços de telefonia e internet na zona rural dos Estados do Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Espírito Santo.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Padrão sobre o Leasing

O FASB e o IASB estão concluindo o projeto de normas para leasing. Recentemente foi divulgado que ambos devem fazer a votação da proposta no próximo mês, entre os dias 12 a 14 de junho. Ao contrário do que seria previsto, não existe um consenso quanto a proposta e por isto serão submetidos à votação a Abordagem A e a Abordagem D.

De qualquer forma, as abordagens devem ser aplicadas para as operações de leasing com mais de 12 meses.

Pela notícia do Journal of Accountancy, a Abordagem A contabiliza como ativo pelo custo, reduzindo da amortização. O valor levado a resultado será decrescente ao longo do tempo. O bem arrendado é considerado como um “direito de uso de um ativo”. Na Abordagem D o locatário aloca os pagamentos do arrendamento de maneira uniforme no tempo. A primeira abordagem parece contar com mais simpatia entre os membros das entidades, mas não está descartada a possibilidade do uso de mais de uma possibilidade. Ou que uma abordagem seja usada num setor e outra noutro setor.

A perspectiva de votação da regra já despertou reação política. Nos Estados Unidos, sessenta legisladores assinaram uma carta solicitando que o FASB faça um estudo sobre os efeitos da decisão antes da adoção da norma definitiva.

A norma de leasing já possui uma história de seis anos. Uma curiosidade sobre a denominação “Abordagem D”: existiam anteriormente duas outras possibilidades de tratamento contábil, que já foram descartadas.

Via Contabilidade Financeira

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Tributação e a Convergência no Brasil: RTT

Via Contabilidade Financeira...

A adoção das normas internacionais de contabilidade no Brasil fez com que a Receita Federal adotasse o Regime Tributário de Transição (RTT). O RTT foi criado após a Lei 11 638 e tinha por finalidade reduzir o impacto fiscal da mudança contábil.

Para substituir o RTT, a Receita Federal está desenvolvendo uma versão do LALUR (Livro de Apuração do Lucro Real), segundo noticiou a Revista Capital Aberto (Fisco retoma projeto de tributação a partir dos balanços, 12 de maio de 2012, Yuki Yokoi). Neste novo LALUR a Receita despreza, para fins fiscais, "normas contábeis baseadas em critérios qualitativos". Isto incluiria o ajuste a valor justo, os ativos biológicos e, talvez, o ajuste a valor presente.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Sobre o intangível...

Um tema interessante, é a contabilização que se refere a marcas e patentes, ainda mais no que tange a sua mensuração, como temática da convergência.
Segue uma matéria interessante....

Via Contabilidade Financeira

A revista Isto É Dinheiro apresenta a relação das marcas mais valiosas do Brasil (As marcas mais valiosas do Brasil em 2012, 28 de abril de 2012, Ralphe MANZONI Jr.). Segundo o texto, o desempenho de 2012 mostra:

 O valor das maiores marcas brasileiras caiu em 23% em 2012 em razão dos problemas externos e do comportamento da bolsa.

 A valorização em dólar é de 35% desde 2009.

 A maior empresa brasileira também foi considerada, pela terceira vez, a marca mais valiosa do Brasil, com um valor de 10,5 bilhões de dólares em 2011. A segunda marca é do Bradesco (6,7 bilhões), seguido do Itaú (6,6 bilhões), Skol (4,7 bilhões) e Banco do Brasil (4,6 bilhões).

 Pela primeira vez foi realizada uma análise por produtos, sendo que três delas estão entre as mais bem classificadas (Skol, Brahma e Antarctica).

 A pesquisa também mediu a contribuição da marca para o desempenho das vendas. Ou seja, quanto uma empresa perde de vendas se não tivesse uma grife conhecida. A marca mais poderosa neste quesito é a Omo, seguido da Coca-Cola, Trident, Johnie Walker e Bohemia.

A metodologia apresenta pela revista mostra que o valor final depende, e muito, do comportamento do mercado acionário. Assim, se uma empresa apresenta grande variação na cotação das suas ações, isto representaria uma aproximação de valoração da marca.

Toda metodologia de mensuração de valor de marca é bastante questionável. Em geral as marcas não são negociadas de maneira separada da empresa. Somente quando isto acontece é possível estabelecer uma base adequada para mensuração deste valor. Além disto, a própria redação da metodologia é imprecisa e confusa o suficiente para evitar uma crítica mais profunda. (o texto da metodologia fala em valor de mercado das ações e compara com os intangíveis da empresa. Provavelmente o foco é o valor do empreendimento, somando o valor da dívida também)

Outro aspecto que seria importante verificar e confrontar o valor da marca com o gasto com publicidade. A marca Petrobras possui um valor de 10 bilhões e a empresa gasta 400 milhões de reais em publicidade.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Conheça dez profissões em alta no mercado de trabalho

Um detalhe especial para a sexta colocada...

 

Com economia aquecida, empresas brasileiras estão buscando mão de obra qualificada e, para isso, pagando melhor

Início do conteúdoLuís Guilherme Barrucho, da BBC SÃO PAULO - Confiantes no vigor da economia brasileira, empresas locais e multinacionais com filiais no Brasil preveem contratar mais profissionais nos próximos anos, aumentando, para isso, as exigências de qualificação da mão de obra.
O otimismo dos empregadores resultou também em uma crescente formalização na relação com os trabalhadores. Dados do último Censo, divulgados na semana passada pelo IBGE, revelam que 63,9% da população ocupada tinha carteira assinada em 2010, contra 54,8%, em 2000.
Segundo um relatório divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) em fevereiro desse ano, a expectativa de contratação para os próximos anos permanecerá aquecida.
Intitulada Perspectivas Estruturais do Mercado de Trabalho na Indústria Brasileira - 2020, a pesquisa ouviu de 402 empresas brasileiras - que, juntas, empregam 2,2 milhões de pessoas - quais setores demandarão mais profissionais nos próximos anos.
De acordo com o estudo, quem deve liderar as contratações no país é a área da engenharia, além do segmento comercial - este último um dos principais empregadores de uma economia que caminha cada vez mais em direção ao setor de serviços, dizem especialistas.
"Depois de 'arrumar a casa' em 2011, ou seja, organizar suas finanças, as empresas estão buscando entregar resultados neste ano. Isso significa maximizar os lucros, algo que se reflete no perfil das contratações", diz Paulo Pontes, presidente da filial brasileira da Michael Page, uma das principais agências de recrutamento de executivos de média e alta gerência do país.
Para isso, as companhias brasileiras estão elevando suas exigências. Segundo o relatório da Firjan, 69,1% das empresas ouvidas requerem, no mínimo, algum tipo de pós-graduação para profissionais de nível superior. Já para mais da metade delas, o diploma universitário é indispensável, inclusive, para profissionais de nível médio/técnico.
Marcando as celebrações do Dia do Trabalho neste 1º de Maio, a BBC Brasil entrevistou especialistas para descobrir dez profissões que devem permanecer "aquecidas" nos próximos anos. Confira a lista:
1) Engenheiro de Petróleo
Quanto ganha (em média): R$ 14.000
O que faz: É responsável pelo desenvolvimento de projetos de exploração do petróleo e seus derivados em poços e jazidas, buscando uma maior eficiência de produção sem dano ao meio-ambiente. Com a descoberta do pré-sal, a profissão ganhou 'alma' própria - e é oferecida, hoje, como curso de graduação nas principais universidades do país.
2) Engenheiro de mobilidade
Quanto ganha (em média): R$ 12.000
O que faz: Supervisiona grandes obras de infra-estrutura, verificando se estão adequadas às normas legais. Nos grandes centros urbanos, esse profissional é encarregado de gerenciar o planejamento do transporte urbano. A carreira entrou no radar dos recrutadores depois que o Brasil foi confirmado como sede de grandes eventos, como a Copa do Mundo e a Olimpíada.
3) Engenheiro ambiental e sanitário
Quanto ganha (em média): R$ 8.000 a R$ 12.000
O que faz: Concebe e executa projetos que diminuam o dano causado pela ação humana no meio-ambiente. A profissão é cada vez mais requisitada por grandes empresas e governos ciosos de seu compromisso com o desenvolvimento sustentável.
4) Médico do Trabalho
Quanto ganha (em média): R$ 10.000 a R$ 16.000
O que faz: Trata-se de um ramo da medicina especializado na promoção do bem-estar e da saúde do trabalhador. Profissionais dessa área avaliam a capacidade de um candidato de executar determinada tarefa, além de realizar exames de rotina nos funcionários para verificar o cumprimento das obrigações trabalhistas.
5) Gerente de Recursos Humanos
Quanto ganha (em média): R$ 8.000 a R$ 14.000
O que faz: É responsável por recrutar novos profissionais e assegurar a permanência dos antigos. Antes subestimada, a profissão saiu do limbo e conquistou importância à medida que as empresas perceberam a necessidade de reter bons profissionais face à concorrência.
6) Controller
Quanto ganha (em média): R$ 10.000 a R$ 20.000
O que faz: Analisa e interpreta as informações contábeis das empresas de forma a reduzir perdas e maximizar o lucro, utilizando, para isso, conhecimentos avançados de administração. Atua no "centro nervoso" da companhia, relacionando os campos da contabilidade e da administração.
7) Advogado de contratos
Quanto ganha (em média): R$ 10.000 a R$ 14.000
O que faz: Analisa e redige contratos. É uma das áreas do Direito que mais tem crescido, acompanhando a escalada das fusões e aquisições de empresas no Brasil.
8) Gerente comercial/vendas
Quanto ganha (em média): R$ 8.000 a R$ 18.000
O que faz: É responsável pelo planejamento e controle das vendas, desde a saída dos produtos da fábrica até a chegada à casa dos consumidores. Cada vez mais disputado pelas empresas, precisa ser bem relacionado e carismático, com conhecimentos avançados de administração e marketing.
9) Biotecnologistas
Quanto ganha (em média): R$ 4.000 a R$ 5.000
O que faz: Pesquisa a criação, melhoria e gerenciamento de novos produtos nas áreas de saúde, química, ambiental e alimentícia. Na área da microbiologia, pode atuar na produção de vacinas. É cada vez mais requisitado por indústrias, cientes da necessidade da otimização da cadeia produtiva.
10) Técnico em Sistemas de Informação
Quanto ganha (em média): R$ 2.000 a R$ 3.000
O que faz: Profissional de nível médio, é responsável por criar e analisar os sistemas de armazenamento e coleta de dados de uma companhia.

 

 Via Estadão.com

quinta-feira, 26 de abril de 2012

País precisa de contadores

Via Prof. Lino Martins...
 
A partir da adequação obrigatória ao novo padrão internacional de contabilidade, os International Financial Reporting Standards (IFRS), em 2009, ocorreu uma grande transformação …
Zulmira Felicio

A partir da adequação obrigatória ao novo padrão internacional de contabilidade, os International Financial Reporting Standards (IFRS), em 2009, ocorreu uma grande transformação no mercado de auditoria e consultoria do Brasil.
Na mesma época, o Conselho Federal de Contabilidade emitiu diversas resoluções, estabelecendo um novo padrão contábil para as empresas que não estavam enquadradas na Lei 11.638/2007, conhecida como a Nova Lei das S.A., cujo objetivo principal é harmonizar as regras brasileiras com as implementadas no mercado europeu. Com isso, chegou a vez de as pequenas e médias empresas se adaptarem às normas internacionais.
A aplicação dos International Financial Reporting Standards elevou os níveis de transparência, pois os balanços tornaram pública a real saúde financeira e patrimonial das empresas, e a conversão das normas internacionais de relatórios financeiros permitiu às companhias pequenas e médias remodelar os negócios com índices reais de desempenho. Além disso, nos últimos anos surgiram novas obrigações com o Fisco, como o Sped Contábil, o Sped Fiscal e a Escrituração Fiscal Digital (EFD) do PIS e da Cofins, que tomam muito tempo dos profissionais ou exigem a contratação de outros especialistas no assunto.

Queda
Mas ao olharem para o lado, empresários e empreendedores se perguntaram: “Onde estão os contadores especializados?”
Neste sentido, a situação não fica muito diferente quando pensamos apenas no Estado de São Paulo. São 133.848 profissionais, sendo 73.309 contadores e 60.539 técnicos contábeis registrados. Há 19.739 organizações contábeis, das quais 9.257 são constituídas por empresários ou escritório individual, e temos um saldo de 10.482 sociedades. Cabe ressaltar que, dos 73 mil contadores registrados, uma parcela atua como auditor, perito ou consultor sem trabalhar diretamente como contador.
“Em dez faculdades paulistas pesquisadas pelo IBGE, aproximadamente duas mil vagas para Ciências Contábeis são abertas por ano. Supondo que apenas 60% cheguem ao fim do curso, teremos em torno de 1.200 profissionais. Deste total, se 60% trabalharem na área, chegaremos a 720. Como desde 2011 o setor adota o exame de suficiência para poder se registrar no Conselho Regional de Contabilidade e o índice de aprovação na última edição foi de 54%, teríamos apenas 389 pessoas aprovadas por ano”, analisa o diretor da BDO RCS.
Deste total, mesmo que aprovadas, nem todas as pessoas terão o CRC ou o conhecimento pleno das normas dos IFRS. “Não é possível saber ao certo quantos profissionais habilitados ingressam no mercado, mas certamente é um número insuficiente para atender à demanda que não para de crescer nos escritórios contábeis, nas empresas de auditoria e consultoria e nos milhares de empresas que possuem contabilidade interna”, diz Amano.

Impactos
Segundo Amano, as mudanças dos IFRS viraram do avesso a rotina dos contadores brasileiros, uma vez que as regras eram bem diferentes das aplicadas no mercado nacional. As adaptações às normas internacionais foram feitas por meio da Lei n. 1.638/2007, -que atualizou a Nova Lei das S.A.- e dizem respeito principalmente às demonstrações contábeis. Para que a contabilidade brasileira pudesse estar de acordo com os IFRS, foram introduzidos também novos conceitos na legislação societária do País. “Um dos maiores desafios que enfrentamos foi convencer os contadores de que a norma contábil é soberana e está acima da legislação tributária. Muitos deles, especialmente os que lidam com pequenas e médias empresas, tiveram ou ainda têm uma grande resistência em se adequar às normas dos IFRS, pois elas alteram a forma de lançamento contábil que o contador estava acostumado a fazer com base na legislação tributária.”
A Lei n. 11.638/2007 entrou em vigor no primeiro dia de 2008, estendendo-as às sociedades de grande porte, ainda que não constituídas sob a forma de sociedades por ações.

Fonte: DCI